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Nome popular: Bicudo-verdadeiro
Nome científico: Sporophila maximiliani
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Thraupidae - Cabanis, 1847
Subfamília: Sporophilinae - Ridgway, 1901
Espécie: S. maximiliani
Nome Científico: Sporophila maximiliani (Cabanis, 1851)
Nome em Inglês: Great-billed Seed-Finch
Estado de Conservação: (IUCN 3.1) Vulnerável
De ampla distribuição, original do Brasil oriental, central e da Amazônia da América do Sul tropical.
Características: Pássaro muito apreciado pela sua beleza, possui canto melódico, rico em notas e com voz flauteada. Assume postura ereta ao cantar, com o peito empinado e cauda baixada, destacando sua valentia e disposição para disputas territoriais.
É atualmente no Brasil um dos pássaros canoros mais afamados e procurados.
Ocorrem variações regionais e individuais no canto e na cor do bico.
Nas provas de canto e fibra nos torneios brasileiros os mais alegres rodam a gaiola dando um show de raça, beleza e repetição.
Voa com facilidade longas distâncias e alcançam altitudes muito elevadas com rápida velocidade, favorecido pelo seu pouco peso que é geralmente cerca de 25g, com um comprimento médio de 16 cm e uma envergadura de 23 cm. Sua cauda é composta de 12 penas e cada asa possui 17 penas. É dotado de uma ótima visão, possui um bico grosso e cônico.
Apesar da excelente adaptação em ambiente doméstico e as diversidades climáticas, prefere regiões de clima quente, com temperatura acima de 25°C. Habitam veredas com arbustos, beira de capões, brejos, principalmente onde haja água abundante e também a ocorrência do capim-navalha (Hypolytrum pungens), navalha-de-macaco (Hypolytrum schraerianum) ou a tiririca (Cyperus rotundus) seus alimentos básicos na natureza. Estes capins são reguladores de intestino ricos em vitaminas, conserva o bico e, principalmente, ajuda o pássaro a se recuperar de qualquer tipo de queda de resistência física, porém, sabemos que contém muito cálcio, não devendo ser administrado em excesso nos ambientes domésticos. Aprecia ainda o arroz, o que colabora muito para o seu desaparecimento, por causa dos agrotóxicos.
Quando adulto, os machos apresentam coloração preta, com uma mancha branca na parte externa das asas. A parte inferior das asas apresenta nuances de branco, com exceção encontramos alguns apresentando plumagens totalmente pretas ou penas isoladas brancas na cauda, peito e asas. Seu bico é branco ou manchado na maioria dos bicudos. Os da subespécie Atrirostris apresentam seu bico totalmente preto. As Fêmeas e os filhotes apresentam coloração parda, e tons de castanho.
Durante a muda de penas eles não cantam. Com o passar dos anos e a perda do seu habitat natural, a sua adaptação a vários tipos de ambientes se tornou comum, a sua procriação se torna cada vez mais fácil, graças a dedicação dos criadores de todo Brasil.
O bicudo é um pássaro territorial, isto é, dominam um espaço onde não permitem a presença de outros exemplares de sua espécie. O tamanho do território é aproximadamente 100 metros de diâmetro ao redor do ninho, onde seu canto possa ser escutado com nitidez. Esta área territorial é utilizada principalmente na estação reprodutiva. As fêmeas também são muito agressivas, sendo capazes de travar lutas de morte com outras fêmeas para defender seu território e seu macho.
Os bicudos são monogâmicos, ou seja, vivem em casais estáveis, que estão juntos durante a maior parte do tempo. Voam um atrás do outro, procurando não se separar muito e mantendo comunicação através dos piados e do canto. As fêmeas se impõem na hora da alimentação. Os machos e as fêmeas são vigilantes e alertas, movimentam- se muito.
Na natureza não há registro de exemplar que tenha vivido mais de dez anos pelo fato de ficarem muito expostos aos inimigos naturais, como aves de rapina, pássaros maiores, répteis, o homem, doenças, brigas entre indivíduos da mesma espécie, dificuldade de alimentar-se em épocas de seca e destruição do habitat natural, porém em ambiente doméstico, onde os mesmos contam com a proteção dos criadores, alimentação balanceada e medicação apropriada, existem inúmeros pássaros com 20, 30 anos ou mais que ainda participam de torneios.
Possuem a capacidade de reproduzir-se com idade avançada. Esta característica é utilizada pelos criadores para realizar melhoramento genético. Através do cruzamento de pássaros campeões, estaremos garantindo a obtenção de filhotes com grande qualidade.
Atinge a maturidade sexual com cerca de dois anos e meio. Com a sucessão das gerações reproduzidas em cativeiro estão se tornando mais precoces, com machos iniciando a reprodução com dois anos e as fêmeas com um ano e meio. Porem essa precocidade pode prejudicar principalmente à fêmea ao longo de sua vida.
As posturas vão de dois a três ovos (em alguns casos são de quatro) e o período de incubação varia de 13 a 15 dias. A estação reprodutiva vai de julho a março e um casal pode tirar uma média de cinco ninhadas no período. Na maioria das vezes o resultado de uma ninhada é um casal de filhote. Atualmente são reproduzidos com certa facilidade em cativeiro, e é essa a grande garantia para a perpetuação da espécie.
Muito provavelmente, sejam os bicudos os pássaros silvestres, criados em cativeiro, com o maior número de notas em um mesmo canto e com a maior diversidade de cantos catalogados. Não obstante os inúmeros dialetos regionais identificados, próprios de coletividades significativas, há ainda, a interpretação individual de um mesmo dialeto por espécimes diferentes. Cada bicudo impõe sua própria personalidade, no andamento, na voz e na melodia e acrescenta ou omite notas na execução do seu canto. Dificilmente encontraremos dois bicudos com cantos idênticos.
Por mais semelhantes que sejam, mesmo executando as mesmas notas, cada um irá impor suas próprias características ao executar seu canto.
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